Culpas do Governo na <i>Controlinveste</i>
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) pediu a intervenção da Entidade Reguladora para a Comunicação Social e responsabilizou, dia 15, a administração da Controlinveste, o Governo e o Partido Socialista por não terem convocado antecipadamente as organizações representativas dos trabalhadores para discutirem alternativas ao despedimento colectivo, anunciado no dia 14, de 122 trabalhadores, sendo mais de 50 deles jornalistas.
Para o SJ, que naquele dia reuniu com a administração do Grupo, o despedimento colectivo, justificado com alegadas quebras de receitas na Global Notícias Publicações e na Jornalinveste Comunicação, não é inevitável, pois a legislação contempla «alternativas que podem minimizar o enorme impacto social» da decisão.
Num nota do gabinete de imprensa, também o PCP contestou, dia 16, «um dos maiores despedimentos colectivos dos últimos anos no sector», e exigiu respeito pelo papel das organizações representativas dos trabalhadores, atribuindo a responsabilidade política pelo despedimento ao Governo e à maioria PS, por terem aprovado o Estatuto do Jornalista. «O resultado está à vista, com redacções únicas nos grandes grupos de comunicação social», considerou o Partido, cuja Direcção da Organização Regional do Porto emitiu um comunicado repudiando os despedimentos.
O PCP alertou para os perigos da «concentração deste sector nas mãos do grande capital», agravados com a «proposta de impedimento do Estado em possuir imprensa escrita».
O argumento de quebras nas receitas para os despedimentos foi considerado incompreensível pelo SJ, pois poucas semanas antes tinha-se «concluído um novo ciclo de novas contratações para quadros redactoriais».
O sindicato responsabilizou o Governo, por ter imposto a alienação dos activos de media, detidos pela Portugal Telecom, e também por ter consagrado, no Estatuto do Jornalista, com os partidos de direita, a possibilidade de utilização de trabalhos do mesmo jornalista em todos os órgão de informação detidos pela mesma empresa ou Grupo.
Também o Presidente da República foi criticado por ter promulgado esta legislação.
Para o SJ, que naquele dia reuniu com a administração do Grupo, o despedimento colectivo, justificado com alegadas quebras de receitas na Global Notícias Publicações e na Jornalinveste Comunicação, não é inevitável, pois a legislação contempla «alternativas que podem minimizar o enorme impacto social» da decisão.
Num nota do gabinete de imprensa, também o PCP contestou, dia 16, «um dos maiores despedimentos colectivos dos últimos anos no sector», e exigiu respeito pelo papel das organizações representativas dos trabalhadores, atribuindo a responsabilidade política pelo despedimento ao Governo e à maioria PS, por terem aprovado o Estatuto do Jornalista. «O resultado está à vista, com redacções únicas nos grandes grupos de comunicação social», considerou o Partido, cuja Direcção da Organização Regional do Porto emitiu um comunicado repudiando os despedimentos.
O PCP alertou para os perigos da «concentração deste sector nas mãos do grande capital», agravados com a «proposta de impedimento do Estado em possuir imprensa escrita».
O argumento de quebras nas receitas para os despedimentos foi considerado incompreensível pelo SJ, pois poucas semanas antes tinha-se «concluído um novo ciclo de novas contratações para quadros redactoriais».
O sindicato responsabilizou o Governo, por ter imposto a alienação dos activos de media, detidos pela Portugal Telecom, e também por ter consagrado, no Estatuto do Jornalista, com os partidos de direita, a possibilidade de utilização de trabalhos do mesmo jornalista em todos os órgão de informação detidos pela mesma empresa ou Grupo.
Também o Presidente da República foi criticado por ter promulgado esta legislação.